A infância de Jesus

Deus se fez carne e habitou en­tre nós para sempre. Ao se vestir de humanidade, Jesus viveu como os outros seres humanos, diferencian­do-se apenas em sua natureza espi­ritual. Ele jamais pecou. Mas, Jesus foi criança, adolescente e adulto como nós.

Da infância e adolescência de Je­sus pouco sabemos, como também da maior parte dos personagens bí­blicos. Nos tempos antigos (principal­mente entre os orientais), crianças e mulheres nem sempre eram contados; e os autores não se preocupavam em detalhar a vida daqueles que ainda não eram reconhecidos como cidadãos - condição conquistada somente a par­tir dos 30 anos de idade.

Então, contentamo-nos com os registros bíblicos preservados pela ori­entação do Espírito Santo. Os misté­rios a respeito da vida de Jesus e de muitos outros só serão desvendados na eternidade, quando conheceremos como somos conhecidos.

 JESUS - UMA CRIANÇA NORMAL

Há pouco tempo ainda éramos cri­anças. Uma fase gostosa da vida que não volta mais. Jesus foi uma criança normal que brincou, chorou, comeu, dormiu etc. Seu pai, José, era um ho­mem simples, mas justo e respeita­do, que trabalhava como carpinteiro. Mormalmente, os pais ensinavam a profissão a seus filhos e o menino Je­sus aprendeu desde cedo a trabalhar na companhia do pai e de seus ir­mãos (deveriam ser em número de 6 ou 7 , sendo 04 homens e 02 ou 03 mulheres. Tal qual as crianças de seu tempo, Ele também participava um pouco da vida social e religiosa do povo. Por exemplo: aos oito dias de idade, Jesus foi apresentado ao Tem­plo para o rito da circuncisão (como ponte entre a antiga e a nova aliança, Jesus foi circuncidado e posterior­mente batizado).

        Como judeu, Jesus participava também das festas religiosas de seu povo, passeava e conhecia a vida como as demais pessoas. Segundo o relato bíblico, Ele experimentou um crescimento integral. Ele crescia físi­ca, intelectual e espiritualmente de for­ma visível diante de Deus e dos ho­mens.

JESUS - UMA CRIANÇA INTELIGENTE

As crianças judias são muito bem instruídas. O ensino da Tora (Lei) sem­pre mereceu atenção especial na edu­cação infantil. O compromisso dos pais na educação religiosa dos filhos sem­pre foi levado muito a sério, conforme a orientação de Deuteronômio 6. Felizmente, ainda hoje, este precioso man­damento bíblico tem sido preservado em muitos lares.

     No registro evangélico, verifica­mos que após o encerramento da festa da Páscoa, em Jerusalém, Jesus per­manece no templo e começa a dar si­nais visíveis de sua inteligência: "To­dos os que o ouviam muito se admi­ravam da sua inteligência e das suas respostas" (Lc 2.47).

Nesta época, Ele contava com 12 anos de idade (mais ou menos próximo da idade adoles­cente). Como é importante aproveitar bem as oportunidades. Naturalmen­te, Jesus tinha uma mente perspicaz, que em sua curiosidade e interesse, se preparava para o cumprimento de Sua missão.

      Deus permita que você esteja desenvolvendo a sua inteligência, à semelhança de Je­sus, que aos 12 anos de idade já par­ticipa de uma reunião com os douto­res da Lei, "ouvindo-os e interrogan­do-os" (v. 46).

JESUS - UMA CRIANÇA OBEDIENTE

Ao final da festa da Páscoa, os pais observam que Jesus não está entre os parentes e companheiros de viagem. Três dias depois encontram o menino no Templo, entre os mes­tres da lei, e ficam maravilhados.

      Je­sus responde que cumpria estar na casa do Pai. Retornam para casa e diz Lucas que Jesus "era submisso aos pais" (Lc 2.51). Ao permanecer no Templo, Jesus diz que está fazendo a vontade do Pai, envolvido com a Lei de Deus. Porém, sente-se bem em prestar obediência aos seus pais.

Não podemos confundir as coi­sas: o fato de estar na presença de Deus não nos isenta de estar submis­so à autoridade dos pais ou respon­sáveis. Pelo contrário, nos desafia ain­da mais a cumprir os mandamentos do Senhor: "honra a teu pai e tua mãe" "...filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo" (Ex 20.12; Ef 6.1-3).

     Mesmo que você, se encontre na Casa do Senhor, continue a estar submisso aos seus pais ou responsáveis. O cumpri­mento desta ordem traz bênçãos so­bre a sua  vida, prolongando os seus dias. À semelhança do menino Samuel, conclui o evangelista: "E crescia Jesus, em sabedoria, esta­tura e graça, diante de Deus e dos homens" (Lc 2.52). sejamos com Jesus que  crescia físi­camente, intelectualmente e espiritualmente de for­ma visível diante de Deus e dos ho­mens.