quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O SIGNIFICADO DA MORTE DE CRISTO





Infelizmente, a maioria das pessoas não entende nem compreende qual o verdadeiro sentido da morte de Cristo. Muitos, até estudiosos, acham que Cristo morreu como um mártir. Ele morreu como defensor de uma causa, na certa seria contra a injustiça social. Outros argumentam que Jesus morreu porque foi um traidor do governo Romano e até mesmo dos próprios compatriotas, o clérigo religioso, isto porque pregava um “ensino contrario que os judeus religiosos proclamavam”.
A verdade é que Jesus não morreu por causas dessas teorias sem cabimento. Jesus morreu unicamente pela vontade de Seu próprio Pai, Atos 2:22-23. Portanto, nesse pequeno estudo gostaria de esclarecer o verdadeiro sentido da morte (expiação) de Cristo, biblicamente falando. A expiação de Cristo está concentrada em quatro temas básicos, são eles: 1) Sacrifício; 2) propiciação; 3) Substituição; 4) Reconciliação.

A EXPIAÇAO DE CRISTO COMO SACRIFICIO.

Texto: Hebreus 9:6-15

A obra de Cristo é comparada com o dia da expiação do Antigo Testamento. Cristo é retratado como o sumo sacerdote que entreva no lugar santíssimo para oferecer sacrifício. Todavia, o sacrifício de Jesus não foi sangue de bodes e bezerros, e sim, o seu próprio sangue, v12. Desta forma obteve eterna redenção.
Conclusão: enquanto que os sacrifícios do AT tinham de ser oferecidos repetidamente, a morte de Cristo expia, de uma vez por todas, os pecados de todo aquele que crê, v28.
Obs: desde da época do AT, os sacrifícios de bodes e ovelhas prefiguravam a morte do Messias – Jesus Cristo. Todo judeu fazia a sua oferta com fé, sabendo que Deus estava perdoado os seus pecados. E todo o santo dia, todo bom judeu deveria fazer este sacrifício em favor de suas transgressões. Mas com a morte de Cristo, isto não se faz necessário. Como o autor de hebreus disse: “Ele é o mediador da nova aliança”. Em outras palavras, Cristo é o único a conceder por meio da sua morte, acesso a Deus, I Tm 2:5.

Texto: Hebreus 10:5-18.

Aqui a ideia é que, em lugar das ofertas queimadas, o corpo de Cristo foi sacrificado, v5. Essa oferta de uma vez por todas, v10. Em lugar da oferta diária feita pelo sacerdote, v11. Cristo ofereceu “para sempre, um único sacrifício pelos pecados” v12.

Conclusão dos dois textos.

Devemos manter em mente de que o sacrifício de Cristo, ou seja, o próprio Cristo é tanto vitima como também o sacerdote que a oferece. As duas partes que faziam parte da Antiga Aliança são combinadas em Cristo. A primeira, o sacrifício, que todo judeu deveria fazer. A segunda, o sacerdote – este intercedia pelo povo a Deus. Jesus fez e faz essas duas obras. Morreu como um sacrifício pelos nossos pecados e intercede por nós Rm 8:34.

A EXPIAÇÃO DE CRISTO COMO PROPICIAÇÃO.

O termo “propiciação” no grego tem como sentido de aplacar a ira de Deus. O nosso Deus está irado com o que? Com os nossos pecados. Ele sendo santo e justo não pode suportar nem contemplar as nossas ofensas. Por isso, se faz necessário alguém aplacar esta ira. Na Bíblia há várias passagens que falam da ira de Deus contra o pecado e isto implica numa propiciação, Rm 1:18; 2:5, 8; 4:15; 5:9; 9:22; 12;19; I Ts 1:10; 2;16; 5:9.
Quem foi que aplacou essa ira? Cristo Jesus. A morte de Cristo não só cobriu os nossos pecados como também aplacou a ira de Deus. No AT os sacrifícios tinham esse propósito de aplacar a ira de Deus contra o pecado de seu povo, Lv 4:35. Quando Cristo morreu numa cruz, o seu sacrifício foi satisfatório para apaziguar a ira de Deus. Deus ficou satisfeito de uma vez por todas com o sacrifício de Cristo, I João 2:2.
Definição de propiciação: O sacrifício de Cristo apaziguou a ira de Deus contra os nossos pecados. Portanto, a morte de Cristo foi a única oferta que satisfez as exigências de Deus.

A MORTE DE CRISTO COMO SUBSTITUIÇÃO.

Definição de substituição: é tomar o lugar de outra pessoa. Por exemplo, quem deveria morrer pelos nossos próprios pecados éramos nós. Mas Cristo tomou o nosso lugar. Ele se fez o nosso substituto. Lembrando que não era algo que merecíamos.
Várias passagens que falam que os nossos pecados foram lançados sobre Cristo, Is 53:5, 6, 12; João 1:29; II Co 5:21; I Pe 2:24. Portanto, a idéias em todas essas referências é que Jesus levou nossas transgressões – as transgressões foram colocadas sobre ele ou transferidos de nós para ele. Isso é substituição.
Uma outra prova de que a morte de Cristo foi substitutiva é a preposição grega “uper” (huper). Ela tem dois sentidos “em lugar de” e “em favor de”. A morte de Cristo “em lugar de”, as referências são, I Tm 2:6; II Co 5:15. A morte de Cristo “em favor de”, as referências são, Rm 5:6-8; Gl 2:20; Hb 2:9.
Concluindo, A morte de Cristo foi substitutiva porque tomou o nosso lugar. Porque Cristo morreu em nosso favor.

A MORTE DE CRISTO COMO RECONCILIAÇAO.

Não precisamos pensar muito de que uma vez que estávamos vivendo em nossos pecados e sempre ofendendo a Deus com nossas iniqüidades. Conclui-se de que éramos inimigos de Deus. Portanto, se éramos inimigos de Deus. Logo, precisaríamos ser reconciliados. A verdade é que a morte de Cristo põe fim a inimizade entre Deus e o homem. A nossa hostilidade contra Deus foi removida pelo sangue de Cristo na cruz.
Em Romanos 5:10 diz: “fomos reconciliados com Deus”. De que maneira, alcançamos essa reconciliação? Por meio da morte de Jesus. Note que esse ato de reconciliação não foi uma iniciativa nossa, e sim, exclusivamente de Deus. Apesar de sermos os seus inimigos, Ele sempre foi o nosso amigo, aponto de enviar o seu próprio e único Filho para morrer por nós, com o propósito de restaurar a comunhão que havíamos perdidos com a desobediência de Adão. Uma passagem muito significante é Rm 11:15. A reconciliação do mundo é agora possível por que os judeus rejeitaram o Messias. Note que ao rejeitar os judeus, Deus toma a iniciativa, afastando Israel o favor divino e a graça do evangelho. A reconciliação do mundo (gentios) coloca-se em contraste com a rejeição de Israel. Portanto, presume-se de que a reconciliação é um ato de Deus, seu ato de receber o mundo no seu favor e de lidar com ele de modo especial.
importante: por mais importante que seja voltar-nos para Deus, o processo de reconciliação é Deus voltando para nós com seu favor. É maravilhoso isso. Além de Deus nos salvar, também restaura uma comunhão perdida. De inimigos passamos a ser amigos de Deus.

Conclusão:

A morte de Cristo foi sacrificial, e uma vez que foi um sacrifício também foi propiciatória, no sentido de que satisfez todas as exigências de Deus. Também foi substitutiva, a sua morte foi em nosso lugar. Foi um favor imerecido da parte de Deus – de enviar o seu Filho para morrer por nós. E por fim reconciliatória, a morte de Cristo nos fez amigos de Deus.
Concluindo, a morte de Cristo é o melhor presente que poderíamos receber das mãos de Deus. “por que o presente de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo nosso Senhor”.

Fonte de pesquisa: Teologia Sistemática, Millard J. Erickson.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eu voltarei


lenço no sepulcro do Messias


Segundo João, quando as mulheres e os apóstolos encontraram o sepulcro vazio, encontraram os panos que envolviam o corpo de Yesua jogados, mas o sudario, que envolvia seu rosto, estava dobrado. Por que? E por que o evangelista fez questão de narrar este detalhe?
Em Joao 20:6-7, podemos perceber um pequeno detalhe que o evangelista João fez questão de narrar. Percebermos que, quando Pedro entra no túmulo encontra todos os panos que foram envolvidos em Jesus, jogados por terra, exceto um – o sudário. Este estava dobrado no lugar a parte. O que isto significa? Porque ele não estava jogado como os outros panos? Porque o evangelista fez questão de escrever isto, algo que parece tão insignificante?
Havia uma tradição na época bíblica em que os servos faziam de tudo para agradar seu senhor, seu patrão. Por exemplo: quando o servo iria fazer uma refeição para seu Senhor, ele fazia do bom e do melhor. Ele se esforçava para fazer uma refeição saborosa para seu patrão. E para isso, ele tinha que coloca o tempero certo, fazer a comida certa, em outras palavras, ele caprichava na refeição para que o seu senhor se agradasse. Ele colocava tudo aquilo que agradaria ao o seu senhor. Mas como o servo saberia que seu patrão se agradaria da refeição, uma vez que quando o senhor terminava a refeição não falava com o servo? A resposta era dada pelo modo como o senhor usaria o lenço. Então, quando o senhor terminava a refeição ele pegava o lenço que era usado para limpar-se após a refeição, ele dobraria e colocaria em cima da mesa ou jogaria simplesmente na mesa. O costume era o seguinte: se o patrão jogasse o lenço sobre a mesa, ele estaria dizendo para o servo, não gostei da refeição, estava horrível. Entretanto, se o senhor pegasse o lenço e o dobrasse, estaria dizendo que se agradou da refeição e que voltaria a comê-la. Em alguns países há esse costume também. Quando alguém entra em um restaurante e joga o lenço sobre a mesa após a refeição, está dizendo que não voltará a aquele lugar. Mas se ele dobra o lenço e coloca sobre a mesa, está dizendo que voltará a aquele lugar.
Então, quando João narra este pequeno detalhe em 20:6-7, transmite exatamente a cultura judaica. O que ele quis mostrar? Que depois que Jesus foi ressuscitado e o lenço que estava sobre o seu rosto, ele pegou, dobrou e colocou a parte para dizer para os discípulos, eu voltarei. A certeza de que ele vai voltar para busca a sua igreja. A certeza de que não somente foi ressuscitado dentre os mortos, mas que voltará para busca os seus. Então, podemos esperar confiante de que ele vai voltar para nos buscar amados. Maranata vem Senhor Jesus!