sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Justificaçao


justificação Parte I

Introdução

A humanidade tem um duplo problema conseqüente do pecado e da queda. O primeiro problema é a corrupção básica da natureza humana; o nosso caráter moral foi manchado pelo pecado. Só por meio da regeneração esta maldição é anulada. O segundo problema permanece: nossa culpa ou passibilidade de punição por não termos cumprido as expectativas de Deus. É justamente, esse problema que trata a justificação.

I. Definindo justificação: É o ato de Deus declarar que, aos seus olhos, os pecadores são justos.

O curso de fonte de luz nos dar uma definição à luz das Escrituras: "A justificação é um ato legal de Deus, pelo qual Ele declara justo e livre de culpa e condenação àquele que pela fé aceita Jesus Cristo. Pag. 9".
A justificação é uma questão de sermos perdoados e recebermos a declaração de que cumprimos tudo que a lei exige de nós. Ela responde duas perguntas básicas: Como posso me acertar com Deus? Como eu, um pecador, posso ser aceito por um juiz santo e justo?

II. Justificação e justiça forense

Para compreender a justificação, é primordial entender o conceito bíblico de justiça, pois a justificação é uma restauração do indivíduo ao estado de justiça.

A) No Antigo Testamento:

O verbo "tsadaq", tem como sentido " ser justo ou conforma-se com a norma dada". O homem justo é o homem que vive de acordo com uma norma dada. No "hiphil" o verbo (tsadaq) significa "declarar justo ou justificar". O termo empregado é mais religioso do que ético. A norma específica em questão varia de acordo com a situação

1. Relacionamentos familiares

Tamar, que era prostituta, era mais justa que Judá, porque ele não havia cumprido suas obrigações de sogro, Gn 38:26.
Davi foi considerado justo por se recusar a matar Saul, I Sm 24:17; 26:23. Pois estava se cumprindo aos padrões do relacionamento entre súdito e monarca.
É evidente que a justiça é compreendida como uma questão de viver de acordo com os padrões estabelecidos para um relacionamento. A própria pessoa de Deus e a sua natureza são a medida ou o padrão da justiça.

2. Conceito forenses ou jurídicos.

"Forense significa que Deus é concebido como o governador, legislador e juiz, e a justificação é a declaração do juiz de que um homem é justo." Ladd, Teologia do NT. Pag. 414.

Uma pessoa justa é a que foi declarada sem culpa pelo juiz. A função do juiz é condenar o culpado ou absolver o inocente, Dt 25:1; I Rs 8:32. Em Êxodo 23:7, a palavra é, empregada no sentido de "declarar justo" em sentido legal e não "tornar justo" em sentido moral. Deus é muitas vezes retratado como o juiz dos homens, Sl 9:4; 33:5; Jr 11:20. Os que são absolvidos são considerados corretos em relação a Deus, ou seja, eles cumpriram o que se esperavam deles naquele relacionamento. De acordo com o AT, justificar implica certificar que o indivíduo é inocente e, depois, declarar o que de fato é a verdade: que ele é justo, ou seja, que cumpriu a lei. Viveu de acordo com a norma dada.



B) No Novo Testamento

No Novo Testamento, Paulo emprega muitos termos para demonstrar a obra de Cristo. Um dos que é mais usado pelo apóstolo, e que domina as cartas aos Gálatas e Romanos, é justificação. O verbo "justificar" é dikaioo, construído sobre a mesma raiz de justo (dikaios) e justiça (dikaiosune). O sentido original de dikaioo é " declarar justo", e "não em transformar em justo". Portanto, Justificação é a declaração de Deus, de que a pessoa que crê em Cristo, embora pecadora, é justa - porque em Cristo, ela chegou a um relacionamento justo com Deus.
Para os judeus era revoltante, quando Paulo afirmava que Deus justificava os ímpios (Rm 4:5). Se os ímpios fossem tratados como merecem, seriam condenados. O juiz nos tempos do AT, que absolvesse o mau provaria ser um juiz injusto. Justiça significa preservar as normas da conduta justa - a absolvição do inocente e a condenação do transgressor. O apóstolo Paulo garante que, Deus mostrou-se justo, ao justificar um ímpio (Rm 3:26). Esse ato vem separado das obras da lei ( Gl 2:16; 3:11) - e sim, pela fé (2:16).

1. Definição: É ato declaratório de Deus, pelo qual, em razão da suficiência da morte expiatória de Cristo, Ele afirma que os crentes cumpriram todos os requisitos da lei que lhes diz respeito.
A justificação é um ato forense de imputação da justiça de Cristo ao crente. Não devemos esquecer, não é uma questão de tornar a pessoa justa ou fazer justa. Mas sim, declarar justa.

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