sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Justificação parte II


2. Evidências Bíblicas

* Rm 5:1 "justificados pois mediante a fé, tenhamos paz com Deus". 5:9 " sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por Ele salvo da ira. I Co 6:11 "Fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo". Nestas passagens, o verbo está no aoristo, expressando um ato que foi desempenhado. Os homens já foram justificados, inocentados pela culpa do pecado. Não por seus próprios méritos, mas por meio da fé em Cristo, na base do seu sangue derramado na cruz.
* Rm 8:33-34 " Quem intentará a acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual a está à direita de Deus e também intercede por nós".
As palavras "justificar e condenar" estão em paralelo. O ato de condenar não muda a situação espiritual do homem, ou seja, de lhe infundir o pecado ou o mal. é simplesmente responsabilizar pessoa dos seus erros e promulgar a culpa. Da mesma forma é o ato de justificar, não é uma questão de colocar santidade nos crentes, mas declará-los justos. Portanto, tanto a condenação quanto a justificação são atos declarativos.
* II Co 5:21 “aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça Deus". Nesta passagem afirma claramente, quem em um certo sentido, Jesus era um pecador, ao mesmo tempo em que Ele não conheceu pecado. Sua pecaminosidade aqui, é uma ato forense, no sentido de que Ele ficou no lugar dos pecadores, carregando seu pecado, sua culpa e a sua condenação pelos atos pecaminosos. Do mesmo modo, aqueles que estão nele tornaram justiça de Deus. Justiça, neste contexto, significa que o homem em Jesus agora está numa posição de um homem justo e mantém um relacionamento com Deus, que somente o justo pode desfrutar. Essa Justiça que o homem recebeu não foi por obras da lei, mas pelo veredicto do tribunal divino. Quando Deus olha para o homem, não o vê como um pecador, mas como um homem justo. A razão disto, é o sacrifício expiatória e substitutivo de Cristo na cruz.

III. O fundamento e o meio da justificação.

A Bíblia deixa bem clara que a lei jamais pode ou poderia justificar o homem. "Pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele" Rm 3:20. No entanto, é por meio da lei que vem o pleno conhecimento do pecado, Rm 3:20. A epístola de Gálatas mostra o fundamento e o meio da justificação. É impossível a um homem ser justificado pelas obras da lei, Gl 2:16; 3:11. O homem que uma vez depositou sua confiança em Jesus, mas busca a sua justificação pela obediência à lei, abandonou a graça, Gl 5:4. Em outras palavras, trocou a salvação pela condenação.
A morte de Cristo é o fundamento para nossa justificação. A nossa obediência a lei não nos justifica. Romanos 3: 21-26 mostra em detalhes que a morte de Cristo como fundamento da justificação. O versos 24-25, mostra que a morte expiatória de Cristo é base para a nossa absolvição. Ela é conferida ao homem gratuitamente. A morte propiciatória de Cristo foi um ato divino (v25). Deus demonstrou tolerância ao pecado, isto é, Ele foi gracioso, em não requerer a pena de morte que o pecado merecia. Deus não está mais perdoando pecados, mas lidando com eles como um Deus justo deve fazer. Na morte de Cristo, Deus demonstra a sua justiça e declara justo aquele que tem fé em Jesus (v26).
Qual é o meio da justificação? é a fé. Ela é o único meio, pelo qual a justificação se torna eficaz para o ser humano. A fé significa abandono total de seu próprio esforço para alcançar a justificação. Antes é, a confiança completa da obra de Deus em Cristo.
Portanto, não é há nada dentro de mim, nem minha justiça nem minha vontade que pode concede-me a justificação, mas unicamente a morte expiatória de Cristo, e a fé, é o meio pelo qual confio plenamente em Deus e na sua providência divina para a minha redenção.

Conclusão

A justificação é algo imerecido. Não é um mérito nosso nem uma conquista, mas um presente de Deus a nós (Ef 2:8-9; Rm 6:23). Ela não é a causa da nossa salvação, mas o meio pela qual a obtemos. A morte de Cristo é a perfeita demonstração da justiça e do amor de Deus. Nela, Deus declara o pecador justo.

pesquisa:
LIVROS: Introdução à Teologia Sistemática, Erickson; Teologia do NT, Ladd.

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